Quando eu falo viajar sozinha pra Israel, o que te vem à mente? Em meio a tantas informação que recebemos desse país, ficamos com medo antes mesmo de ter mais informações. Venha se inspirar nesse relato da viajêra Fe e desconstruir o que você imaginava que era esse país!
Israel | Fernanda Mascarenha
“Mas você vai sozinha?” “lá não é perigoso?” “cuidado com os homens de lá”. Essas foram todas as palavras que eu ouvi quando eu disse: vou pra Israel, sozinha. O preço que você paga por decidir viajar o mundo sozinha com 22 anos é ouvir das melhores recomendações até as mais inúteis, te fazendo até imaginar se realmente é possível fazer isso tudo sozinha.
Sim, depois de mais de 20 dias pela Europa, 8 países, cheguei no último destino: Israel. Todo cuidado é pouco no que se diz respeito à cultura: você não sabe o que pode, o que não pode, o que é educado e o que é desrespeitoso. Quando pisei no país já estava esperando homens me tratando mal, mulheres de burca me olhando estranho e todo tipo de estereótipo que me fizeram acreditar.
Mas quando cheguei e o que aconteceu: gente falando que o Brasil era massa, rindo, me ajudando demais e se esforçando para falar inglês comigo. Aprendi que quando você se arrisca a realizar sonhos sozinha, em que ninguém espera que você consiga, você entende que não é sobre o destino que você vai, mas sobre quem você é desde a sua origem.
Assumir responsabilidades, criar coragem e seguir. Além de Israel, resolvi pegar um ônibus, sozinha, pra ir pra Palestina. São dois lugares que vivem em guerra, povos que não se relacionam, mas era um sonho visitar Belém (Palestina). Estudei, li, pesquisei, planejei e fui. Soldados com metralhadoras me esperando em todas as esquinas, com carros de guerra, me revistando e fazendo mil perguntas, mas segui.
Segurança
“Mas você não ficou com medo?” Sim, mas fiquei com medo de ter ouvido tanta gente e ter desistido de uma experiência tão única. Tomei chuva, fui revistada, passei frio, me queimei, me perdi, me achei, fui seguida, mas só conseguia pensar: “Caraca, eu sou muito corajosa”.
Vamos conversar sobre estereótipos e culturas?
E é isso: entenda quem você é, se ame a ponto de aproveitar a sua própria companhia numa viagem de 32 dias, sem ninguém, e podendo se sentir sozinha, mas não solitária, por que de maneira geral, e por mais rude que isso possa ser, ali é você que importa. Só você, sua coragem e seus sonhos.
Eu poderia te dar todas as dicas da Europa e de Israel pra conhecer tanta coisa legal, mas sem uma dica você jamais vai, em resumo: seja valente.
Hey! Continue acompanhando a viajera Fê Mascarenhas no @nandamascarenhas. Amar viajar me incentivou a buscar uma profissão que me desse essa liberdade. Hoje, ajudo pessoas com o mesmo sonho.