Não tem como negar que os países carregam estereótipos nas nossas mentes e eles afetam a nossa viagem. Mas como seria se desfazer dessas ideias que temos dos países e realmente se abrir para conhecê-los?
Estereótipos
Texto escrito por Maria Fernanda Romero do @culturanavegavel
Quando eu cheguei na Europa detestava o estereótipo da “brasileira puta” que temos para alguns europeus. Eu sentia que alguns homens me tratavam diferente por eu ser brasileira e eram até folgados comigo.
Cheguei a mentir minha nacionalidade para evitar aborrecimentos, por outro lado, eu também acreditava no meus próprios estereótipos.
Alemães e ingleses são frios, francês é arrogante, italiano é folgado… quantas outros estereótipos não criamos em nossa mente ? Demorei para perceber que quando julgamos os outros tornamos julgadores de nós mesmos.
A maneira de se relacionar é diferente em cada cultura. Gestos, comprimentos e até maneira de falar variam de lugar para lugar, entretanto cada ser humano é singular e não podemos dividi-los em caixas ou definir suas ações de acordo com a nacionalidade.
Repensar
Viajar me fez quebrar a cara algumas vezes. Não só me surpreendi com pessoas, que fizeram eu perceber o quanto ignorantes eram meus estereótipos, como com lugares. Principalmente com lugares.
Foram várias situações que me mostraram que o mundo é muito mais complexo e não cabe em definições. Fui furtada na Alemanha e em seis meses pelo Sudeste da África não me aconteceu nenhum incidente. Quando os esteriótipos se vão, abrimos espaços para redescobertas e surpresas.
Assim conheci uma praia encantadora no Marrocos, um abraço quente na Alemanha, uma festa em uma fábrica abandonada na Itália e uma montanha nevada na Espanha. Me abri mais uma vez para desconstruções e vim para os Estados Unidos da América.
E quem diria que o país do consumo e capitalismo tem tanta liberdade para você ser exatamente tudo aquilo que você quiser ser?