Uma promessa de amor próprio

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O que você vai ler nesse artigo

É, dizem que viajar sozinha pela primeira vez nos traz muito amor próprio e autoconhecimento, mas nem sempre vemos isso acontecer. Nesse relato compartilho com você um pouco como foi quando a ficha caiu pra mim e como fiz um trato comigo mesma para me dar esse afeto, carinho e atenção.

Caderno de viagem: 06.12.2017

Eu sempre tive amores, seja de pais, irmãs, família, amigos, que seja. Nesse momento em Montevideo eu não tinha nada disso, pela primeira vez eu só tinha a mim mesma. E foi estranho trombar – literalmente – nessa fonte de cadeados com nomes e iniciais de casais por todos os lados.

Comecei a ler os nomes. Confesso que no fundo era para achar um nome tão engraçado em espanhol quanto o meu, Lanna significa lã de roupa e também dinheiro. Percebi que tinham nomes sem o + , tinha só o nome de uma pessoa ou uma única letra.

Quando li o primeiro, ri.

Quando li o segundo, abri um sorriso.

No terceiro já achei confuso.

Quem me conhece sabe que eu nunca estive tão sozinha quanto nessa viagem, sempre tive companhia. Nessa viagem me vi só, sem ninguém dos que me davam afeto.

Acabei entrando num relacionamento sério comigo mesma. Daqueles de ter amor, brigas, conselhos, puxadas de orelha, carinho, cuidados, conversas sérias, choros, risadas, momentos em que eu não queria nem olhar na minha cara e outros que eu queria me abraçar.

No final do dia, eu não me aceitava por não ter nada melhor, eu me aceitava porque depois de tanto tempo longe de mim. Esse “oi, sumida” pra mim mesma foi o melhor que poderia ter me acontecido.

Não deu outra, dia seguinte comprei um cadeado e escrevi LS, de Lanna Sanches. Ele tá aí no meio desse monte de gente se amando e/ou amando outres. Foi nesse dia que eu entendi que a viagem seria não só de descobrir lugares, seria sobre dar amor à mim também.

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E acabou?

Pode até parecer besteira esse pequeno gesto, mas na verdade ele é um marco na minha vida. Eu não precisava ter comprado um cadeadinho, escrito meu nome, não precisava ter feito disso um ritual na minha vida. Mas foi o que eu precisei para fazer esse comprometimento comigo mesma.

Algo que esse comprometimento não me mostrou é que ele tem que ser refeito ao longo da viagem, ou melhor, ao longo da vida. Nós mudamos, então o autoconhecimento também muda, porque temos que nos conhecer em nossas diferentes fases.

Pode ser que você não precise fazer nenhum ritual como o que eu fiz, talvez uma simples carta para você mesma seja o suficiente. Pode ser que nada disso faça sentido, ou pode ser que você super se identifique. De qualquer forma, fazendo um ritualzinho ou não, faça essa jura de amor próprio. Busque conversar com você mesma para entender o que você quer, ou precisa, o que busca, o que deseja, o que quer se afastar, quais são os seus limites e por ai vai.


🚩 Esse texto foi escrito pela viajêra Lanna Sanches, quer participar você também? Vem!

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