Eu poderia não ter ido, mas ficaria feliz?

Compartilhe: 

O que você vai ler nesse artigo

Viajar sozinha não é sinônimo de ser feliz, mas é no equilíbrio da vida que vamos construindo os nossos dias em busca da tal felicidade. Estar num relacionamento é a mesma coisa, a busca pelo equilíbrio para que a caminhada seja mais leve. Nesse relato a Ju compartilhou a história dela quando quis continuar a mochilar e o parceiro não.

Por Ju – Descobre a Mochila

Há exatos 4 anos eu fechava meu mochilão pra uma aventura a dois. Não tinha passagem de volta, não sabia até onde poderíamos chegar, as reservas financeiras não eram consideráveis, mas tínhamos um sonho, esse sim, imenso.

Sequer meu inglês e espanhol macarrônicos me assustavam e um dos grandes motivos era porque havia ele, meu companheiro, uma figura masculina que a sociedade todinha confirma: segurança!

Agradeci por ele estar ao meu lado no Peru, quando lutava debaixo de chuva na trilha contra minha asma e o peso de 15 kg nas costas. Também quando ele dirigiu o carro da nossa anfitriã pelas montanhas da Romênia (sim, eu fujo com força da direção). Ou na noite em que quase dormimos na rua em Lisboa. Ou ainda, quando fomos deixados pela carona no meio da estrada rumo a Sevilha. Sentia que se não fosse a cia dele, não poderia ter vivido nada daquilo.

A pandemia 

Retornamos após um ano e meio na estrada e com a pandemia não estacionamos apenas num sítio, mas em nós mesmos. Cobri a mochila com um monte de roupas que nem lembrava que tinha mais e entrei no automático.

Foi há poucos meses que senti um desejo tremendo de abri-la.

Encontrei alguns tickets de trem esquecidos no fundo, uma capa de chuva e uma enxurrada de lembranças. Me trouxeram novamente a vontade do desconhecido, de viver culturas diferentes da minha, de dias que mais parecem meses e meses que mais parecem anos.

Eu queria continuar, mas ele não!

Foi aí que o medo apareceu. Eu entendi o desafio das manas que desejam ir sozinhas, que precisei analisar friamente o quanto os receios são nossos. E também o quanto tecem uma coberta quentinha para nos aprisionar, dizendo que com eles é mais seguro e sem eles a gente não consegue.

Vou sozinha?

Mas eu me DEScobri, junto da mochila e de um monte de dúvidas cujas respostas só a estrada poderia me dar. Eu fui!

Com passos mais calculados, um planejamento não muito engessado, mas também não muito solto e quem foi a primeira pessoa a me apoiar? Ele!

Eu poderia não ter ido, mas ficaria feliz? Ele poderia não ter ficado, mas iria feliz? Quem ama a estrada sente que a vida flui no movimento. Quase como andar de bicicleta, que no começo dá um frio na barriga danado até pegar o jeito, rola uns tombos, mas quando a gente entra no ritmo o equilíbrio simplesmente vem! 

Se relacionar é uma eterna busca de equilíbrio. Aprender a andar de bike sozinha é fundamental pra partilhar um belo passeio a dois nessa rota doida da vida! 

Dica do Elas 🌻

Use e abuse da tecnologia para continuar se comunicando com o/a parceiro/a. Assim como qualquer relacionamento, amigos e família, precisamos nos dedicar. Quando estamos viajando isso se torna mais complicado, são tantas distrações, tantas novidades que acabamos por “deixar pra depois”, mas isso pode fazer com que o relacionamento se afaste. Isso acontece facilmente com amigos quando viajamos, mas com o relacionamento amoroso também.

Priorize e cuide da sua rede de afetos, arranje tempo para se falarem nem que seja por alguns minutos. A distância dói, é dura, mas com um pouco de atenção, cuidado e carinho, todos ficam bem!


Continue acompanhando a Ju no @descobreamochila❤️ Aproveita e confere o podcast Descobre a Mochila

Gostou? Compartilhe!

CONHEÇA O PROJETO

Portal de relatos e dicas de viagens para mulheres que querem viajar sozinhas ou estão viajando sozinhas pelo mundo. Vamos nessa?

NEWSLETTER

Descontos para Você

Aproveite as vantagens para sua viagem!
NOSSOS PROJETOS

Apoie este projeto!

Saiba como participar do Elas!
ÚLTIMOS POSTS
CARTÕES POSTAIS

Gostou? Comente abaixo!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *