Depois de um divórcio a Natasha quis se jogar e viajar sozinha pela primeira vez. Vem ler esse relato de imprevistos e protetoras das viajantes!
Espanha/Bélgica – Fevereiro 2019 | Por Natasha Pereira no @tashajmp_
Viajar sozinha nunca foi algo que tivesse cogitado. Para algumas pessoas, talvez isso seja banal. Eu, contudo, após o término de um casamento de muitos anos, me vi em um longo processo de aprender a apreciar a minha companhia e de entender que posso sim me divertir sozinha.
E foi assim que, aos 32 anos, comprei por impulso uma passagem promocional pra Europa e decidi que, se viajar é tão importante, eu precisava conseguir fazer isso sozinha.
A primeira viagem sozinha
Comprei passagens pra Madrid, cidade que já conhecia, para me sentir mais segura. Mas a comichão do viajante surgiu e cismei que precisava conhecer um país novo. Achei um voo low cost para Bruxelas e encaixei 3 dias no meio de uma viagem de uma semana pela Espanha.
Agendei o retorno para a véspera do meu voo de volta para o Brasil. Ainda aproveitaria o último dia em Madrid, então deixaria a mala grande no hostel.
Os dias na Espanha foram lindos – bons vinhos, comida e música. Conheci Segóvia e fiquei admirada com o aqueduto imponente que me recebeu ao chegar à cidade. Cheguei a Bruxelas, no 3º dia, com frio intenso e chuva. Tudo o que eu queria era ficar no hotel, mas me esforcei e fui dar uma volta.
Retornei cedo, depois de jantar, feliz e com um pack de cerveja belga. Uma mulher alimentada e com um pack de cerveja não quer guerra com ninguém. Nos dias seguintes, visitei museus, explorei a cidade, conheci Bruges.
Imprevistos no caminho
No metrô, voltando para o hotel na minha última noite em Bruxelas, ouço uma brasileira falando ao telefone que seu voo havia sido cancelado devido a uma greve geral de transportes que fecharia o aeroporto e as estações de trem.
Gelei. No hotel, vi que meu voo Bruxelas-Madrid tinha sido remarcado para dois dias depois. Chorei. Remarcar o voo de volta custaria uma fortuna. E eu ainda precisava voltar ao hostel de Madrid para pegar minha mala.
No dia seguinte, decidi que, se não havia o que fazer, aproveitaria ao máximo o dia extra em Bruxelas. Conheci os parques e fui ao Museu de Ciências Naturais.
Mas as protetoras das viajantes estão sempre nos cuidando e, quando voltei para o hotel à noite, descobri que meu voo Madrid-Rio também tinha sido alterado para bem mais tarde. Apesar da correria, no fim tudo deu certo. Aprendi algumas muitas lições.
E como foi bom me divertir sozinha!
💥 Dica do Elas
Seguindo a dica da Natasha nesse relato, o que acha de viajar sozinha pela primeira vez num lugar que já conhece e gosta? Uma ÓTIMA forma de pegar confiança aos poucos e ir se arriscando quando sentir que quer ir além.
Não precisa viajar pra um lugar novo de cara, ou ir muito longe de casa. Você pode ir a uma cidade 50km da sua cidade, num lugar que já conhece e sozinha. Vá se arriscando aos poucos, entendendo os seus limites, seus gostos, e com a coragem e aprendizados da viagem, vai mais longe.
Voa, viajêra!
Gostou desse relato? Continue acompanhando a viajera Natasha Pereira no @tashajmp_ !