Um respiro da rotina

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Todos buscamos um respiro da nossa rotina, do cotidiano, do dia a dia. Muitas vezes essa rotina que temos nos leva a exaustão, nos deixamos em terceiro, quarto na lista de prioridades pelas responsabilidades que temos. Até que nos perdemos, e isso nos tira o chão.

Amanda estava na exaustão no trabalho, acumulando férias e deixando elas vencerem, sem se dar folga. Até que não conseguia mais continuar, precisava de um tempo (que inclusive é direito seu pelo tempo trabalhado) para olhar pra si. E foi para Salvador se reconectar com versões de si que havia esquecido.

“Viajar sozinha nunca é somente sobre viajar sozinha”, como bem disse Amanda.

Relato escrito por Amanda Pavan, de Amparo (SP) para Salvador (BA).

Acredito que falar sobre viajar sozinha nunca é “somente” sobre viajar sozinha. O ato de sair por aí desbravando o mundo com a cara e a coragem, não se resume em apenas comprar as passagens, fechar a hospedagem e ir.

Quando decidimos viajar sozinhas, temos em nosso coração um objetivo. Um objetivo que não é colocado ali do dia pra noite. Ele é lapidado, ao longo das nossas vidas, por momentos marcantes.

Uma viagem pra quem eu fui um dia

Antes de começar a falar sobre essa viagem em si, eu gostaria de falar sobre o meu objetivo e como ele foi construído e lapidado em meu coração. Eu sempre fui uma criança meio deslocada das outras. Na escola, era de pouquíssimos amigos e nunca tive um desempenho muito extraordinário (sempre fui mediana, com esforço).

E apesar disso, era curiosa, aventureira e falante. Desde muito cedo, tinha um fascínio absurdo pelo desconhecido. E na minha fase de jovem-adulta, não poderia ser diferente, né?!

Nos últimos 10 anos, eu pude vivenciar momentos incríveis e momentos extremamente delicados. Nessa viagem em específico, para Salvador, eu estava vivendo um momento em que precisava respirar.

Como comecei a trabalhar muito cedo, com 23 anos, já estava no mercado de trabalho há 6 anos. Estava – e estou – vivendo uma fase de incertezas, principalmente de forma profissional.

Fui começando a ficar desgastada com a rotina, não estava tendo o resultado que almejava, não conseguia alcançar meus objetivos, trabalhava cada vez mais e fui deixando de cuidar de mim.

E chegou um dia em que eu simplesmente travei. Não respirava mais. Crise de ansiedade. Eu precisava simplesmente PARAR e me distanciar de tudo. E foi aí que eu resolvi viajar.

Reconexão com a pequena versão de mim mesma

Marquei minhas férias (que já estavam vencidas), e fui pra Salvador, que eu sempre sonhei em conhecer, mas acabei deixando de lado. Fui antes de uma prova super importante (que já adiantando, eu não passei), engoli todas as minhas inseguranças, e resolvi que ali eu iria me reconectar comigo mesma e esquecer de todo resto.

E assim foi feito. Foram 7 dias acompanhada do meu eu interior. Foi incrível poder reconstruir minha essência, conversar comigo mesma, entender meus traumas e necessidades.

Pelo caminho, conheci mulheres incríveis, reencontrei uma amiga, vi paisagens lindas e tirei um sonho da gaveta. O silêncio da minha mente e o barulho daquele mar azul colocaram meus pés no chão novamente, e minha cabeça no lugar.

Durante aqueles dias, parecia que eu estava de mãos dadas com a Amanda criança. 

Aquela viagem foi um remédio pra mim. A partir daqueles dias, minha vida tomou um rumo diferente, e continua tomando até hoje. Viajar sozinha nunca será somente sobre viajar sozinha. É sobre cura, autocuidado, desenvolvimento e crescimento pessoal.

Para andar sozinha por Salvador basta ter os mesmos cuidados que em qualquer cidade grande. A comida de rua é a melhor, peça dicas aos locais. Visite praias não turísticas. Fiquei no Rio Vermelho e foi incrível. Perto de muita coisa legal, e me senti extremamente segura. 

Ah, não deixe suas férias vencerem e não se sobrecarregue! Cuide do seu bem mais precioso (você).


Dica do Elas

Saúde mental não é brincadeira, ouça o teu corpo e cuide dele. Viajar sozinha é incrível, te proporciona momentos com você mesma para refletir, se questionar, se observar. Mas saiba que é uma ferramenta, e ter um acompanhamento profissional aliado a essa ferramenta é importante.

Aqui no Elas Viajam Sozinhas temos o projeto Trabalhos de Viajantes, onde você pode encontrar psicólogas nômades que podem te auxiliar no que precisar. Viajar sozinha é transformador, é potente, e com saúde mental não se brinca, então busque ajuda quando sentir que precisa.


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