Qual é a diferença entre medo e intuição?

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O que você vai ler nesse artigo

Muito difícil saber a diferença entre medo e intuição, ainda mais no começo da viagem sozinha. No começo podemos ficar muito preocupadas entre surtos e paranoias, nos protegendo de mil formas, rígidas, não nos abrindo pra conhecer as pessoas por medo. Viajêra, lembra o que eu te falei do medo? Ele pode ser muito útil desde que esteja na dose certo. Sem exageros.

Inclusive, tem um artigo aqui sobre medo, como entender o que está te levando a se sentir assim. Como você pode racionalizar esse medo, lidar com ele? É importante entender de onde ele vem, se aliar a ele. Mas como não se fechar pro mundo cheia de medo?

Eu acho que um passo importante é tentar entender o que é medo e o que é intuição. Intuição, esse nome que tanto foi falado, que tanto deram significados, origens, sentidos. Depois de tanto conversar com mulheres viajantes sobre esse tema, tem uma diferença entre as duas e as sensações que elas nos causam.

É medo ou intuição?

O medo é como um furacão. Ele vai nos tirar o ar, vai nos tirar o chão, não vamos conseguir ver nada, vamos ficar paralisadas. É essa a sensação do medo, ele vem de uma vez e bagunça tudo. E quanto mais tempo ficar, mais paralisadas permanecemos. Ou então ele vem e vai com rapidez, mas deixa um estrago por onde passou.

A intuição não. É como aquela ventania constante antes da chuva cair. Ela é mais suave, ela se faz presente, você a sente a todo momento. Ela ainda nos permite andar, mas nos dá avisos mais gentis de que tem algo errado. Seja um desconforto, um incômodo no ambiente, uma sensação inquietante.

A intuição tem um outro nome, que eu gosto até mais: instinto. O instinto é algo primitivo, que todos os animais têm, inclusive nós. Acho que principalmente nós, mulheres. É algo dentro de você te dizendo pra agir, para fazer alguma coisa, se proteger. Saber quando é hora de ir embora de ambientes que te fazem sentir desconfortável, quando é hora de ficar na estadia e recusar aquela saída com a galera.

Foto de Isaac Viglione no Unsplash

Por que e como aparecem?

Algo que faz o medo não ir embora é ter a mania de controle alta. A viagem é não ter total controle dos seus dias, porque é imprevisto atrás de imprevisto. Se você sai de si, fica irritadíssima quando algo sai “errado” de acordo com os teus planos, o medo vai continuar apitando, te avisando nos mínimos sinais que algo pode sair do imaginado, que algo inesperado pode acontecer. Oi, é você, ansiedade? Pode ser.

Você não tem como saber o que vai acontecer, como vai ser, você não está adaptada àquilo. Aquela mistureba de sentimento: ansiedade e empolgada na mesma dose. E com isso o seu corpo vai acionar o medo para gritar no seu ouvido que essa é uma atitude que pode te colocar em risco, para você não ir, se proteger.

A intuição não. Ela aparece silenciosa como um gato. Ela é um sussurro de amiga no ouvido dizendo: “eu acho que isso não é uma boa ideia”. Um instinto que tenta te proteger de algo que pode não te fazer bem. E ela vai ficar ali dentro de você, incomodando, até você agir. Dificilmente a intuição vai te tirar de momentos de empolgação, porque ela apita se você estiver em algum risco somente, e não quando o medo e a animação se confundem.

O medo, em mim, é como uma dor de barriga muito grande, um coração acelerado, e uma respiração ofegante. Muitas vezes sinto o mesmo quando estou animada com algo, o que me fez confundir medo com empolgação hora ou outra. A intuição não. Ela é um ponto desconfortável no meio do peito, como se tivesse um buraquinho no meu coração. Uma voz na minha cabeça me aconselhando ou me dizendo que isso não está certo.

Sinta aos poucos

Para escutar os dois você precisa antes escutar o medo. Quanto mais você for fazendo o que te dá medo, mais normal eles vão ficar e mais o medo vai apitar por tudo e qualquer coisa. Com isso, a intuição e o instinto ganham mais espaço e você vai conseguir navegar pelos seus sentimentos sabendo identificar melhor o que é o que e como eles agem no seu corpo.

Com o tempo esse medo vai gritar cada vez menos porque você vai estar mais adaptada a viajar sozinha. Não vai ser mais tão novidade a ponto de te deixar com o mesmo medo da primeira vez. Com isso, sem tantos gritos na sua cabeça, você vai conseguir ouvir melhor os sussurros da intuição. Começar a identificar os sinais que ela te dá, as sensações que ela te causa.

O medo é como um grito que paralisa. A intuição e o instinto são como um sussurro constante.

Ambos podem ser formas de nos proteger, mas grandes chances do medo ser um “alarme de incêndio” quando você estiver fazendo algo novo. O corpo humano tenta nos proteger e nos manter viva a todo instante. Quando você experimenta fazer algo que não estava acostumada antes, ele entende isso como um “potencial risco”. 

Essa intuição ou instinto é a mesma que vai te fazer se sentir (des)confortável numa conversa com um estranho. Pode ser que a pessoa te olhe estranho, fale algo que te deixou desconfortável, faça uma pergunta muito invasiva. A sua intuição vai segurar na mão do medo e os dois vão acionar o “alarme de incêndio”.

Por fim

Caminho de conhece andando, a intuição e o medo se conhece sentindo atentamente.

Aproveite para conversar com outras mulheres sobre isso para entender como elas se sentem em relação a isso. Sempre que possível, fique em silêncio e escute o que o seu corpo está te dizendo. Como as outras pessoas sentem e lidam com medo e intuição não quer dizer que seja o mesmo que você, mas pode te ajudar a identificar os sinais.

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