Índia: viajar sozinha ou não, eis a questão

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Tem países, como a Índia, em que o choque cultural é tanto que nos assusta no começo quando pensamos em viajar sozinha pra lá. Mas se nos permitirmos viver essa experiência, podemos aprender sobre outras formas de enxergar o mundo.

Baroda, Índia | Julho 2010 – Por Carolina Caio, do Mapa Mundi Blog

Dizem que ao chegar à Índia, você vai ter uma dessas duas reações: amor à primeira vista ou vontade de sair de lá correndo. A verdade é que eu não acredito que seja necessariamente assim…

Durante a minha escala de algumas horas em Mumbai, liguei para os meus pais no Brasil dizendo que estava bem e tinha feito um bom voo. Eles estavam um pouco apreensivos porque eu tinha 21 anos e estava indo sozinha para a Índia fazer um trabalho voluntário. 

Eu cheguei bem no meu destino final, Baroda, peguei minhas malas no pequeno aeroporto e fui procurar o pessoal que iria me buscar. Quem ia me buscar não foi, e por sorte outros membros da organização tinham confundido meu horário com o de outra voluntária que ia chegar no mesmo dia e estavam no aeroporto para buscá-la. 

De tuk tuk entre o aeroporto e o escritório eu só conseguia sorrir de emoção por estar lá. Logo, essa sensação foi mudando quando descobri que não tinha lugar pra mim no alojamento reservado. Isso quer dizer que eu teria que ficar em casas de pessoas desconhecidas. O choque cultural não demorou muito, pois logo comecei a reparar na sujeira, na desigualdade social, na quantidade de gente nas ruas e naquela cultura tão diferente. Foi um choque cultural tão grande, que na primeira noite eu não sabia se ia aguentar ficar até o final do voluntariado.

Resumindo, a boa notícia é o choque cultural passa e a gente começa a entender a outra cultura. Acredito que praticamente quase todos os brasileiros que vão à Índia tem esse choque cultural, mas acabam voltando para a casa com um carinho muito especial pelo país.

Eu segui com meu voluntariado, que durou um mês. Não me hospedei no alojamento e acabei pulando de casa em casa de pessoas desconhecidas, mas que eram membros da organização (no total foram 3 casas). Esses desconhecidos foram muito acolhedores e acabaram se tornando pessoas queridas.

Durante o voluntariado visitei comunidades muito carentes e fiz campanhas de conscientização, mas também tive a oportunidade de passear por cidades maravilhosas da Índia: Mumbai, Nova Deli, Jaipur e Agra. Conheci uma cultura maravilhosa e tão diferente da minha, que isso transformou o choque inicial em uma admiração.

E ainda, depois que retornei para casa, fiz meu Trabalho de Conclusão de Curso da faculdade sobre envelhecimento e aparência de idosos indianos em São Paulo. O voluntariado na Índia foi uma das experiências mais enriquecedoras que já tive na vida. 


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