O poder de escrever a própria história

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O que você vai ler nesse artigo

O poder de escrever a nossa própria história é o poder de ser a protagonista da própria história, de eternizar suas memórias, reler e reviver, organizar pensamentos e sentimentos. Mas além disso, é também um ato coletivo onde usamos podemos inspirar outras pessoas e até impactar as novas gerações.

Se formos pensar nas histórias que lemos ou vemos desde criança, quais eram as histórias de mulheres que crescemos ouvindo? Quem eram essas mulheres? Por isso que além de escrever, compartilhar a sua história é um ato importante também. É marcar na história as suas experiências, é mostrar que pessoas como você existem e que outras pessoas poderão se inspirar, se identificar.

Abaixo vamos ver alguns exemplos que vão te mostrar o poder de escrever a sua própria história:

Ser a protagonista

Escrever sobre a própria história é ser a protagonista. Estamos falando também sobre ser a protagonista da própria vida, das decisões, alegrias e dificuldades. Nesse sentido, nós somos as protagonistas das nossas próprias histórias. Escrever a sua é tomar para si o poder de contar a sua própria história, com as suas palavras, as suas linhas, a sua visão, os seus sentimentos. Em outras palavras: ninguém mais pode escrever a sua história, só você.

Importante lembrar que escrever uma história ficcional também é importante porque além de termos mais mulheres na literatura, também damos os nossos olhares e as nossas vivências no que escrevemos.

Organizar sentimentos

Muitas vezes temos sentimentos algo e não entendemos o que é. Escrever é colocar no papel o que estamos sentindo, tentar dar nome e materializar nossos pensamentos. Isso pode nos ajudar a entender de onde estão vindo nossos medos, angústias, sonhos, desejos e muito mais. E, claro, se questionar.

Às vezes, pode ser uma forma de organizar os seus pensamentos e sentimentos num papel. Poder ler, reler e continuar a escrever até entender o que se passa contigo. 

Observar a si mesma

Escrever é importante, mas também é uma oportunidade para nos olharmos e pensarmos em como aquela experiência nos impactou, ou o que levamos daquilo que vivemos. É uma forma também de refletir sobre o que aconteceu. Muitas vezes no momento que passamos não temos tempo o suficiente para pensar como nos sentimos, como agimos ou reagimos, realmente fazer uma auto observação.

Escrever para lembrar

Sabe aquela velha história: não preciso anotar isso, eu vou lembrar depois. E sim, podemos nos lembrar facilmente de momentos que vivemos, mas nem sempre lembramos como nos sentimos, o que falamos, o que falaram para nós, detalhes….

Ao escrever estamos eternizando partes das nossas memórias, das nossas histórias. Escrever é uma forma de poder relembrar com detalhes o que você viveu, poder reler depois de muitos anos e relembrar como era o sabor daquela comida nova que experimentou, qual foi o sentimento de fazer a primeira trilha sozinha, o que pensava quando entrou num hostel pela primeira vez.

Encontro com o passado

Mais que tudo isso que eu escrevi até agora, escrever é uma forma de revisitar suas histórias sempre que quiser. Por exemplo, ao reler a sua história nas suas diferentes fases da vida, você pode entender os processos que você passou. Assim como entender alguns medos que você tem até hoje, olhar com outros olhos aquilo que você fez, falou e viveu.

Ler seus antigos caderninhos e ler como você enxergava o mundo há 10 anos, como foi o seu primeiro encontro com a sua melhor amiga de hoje, e tantos outros desencontros da vida. É um abraço no seu eu do passado, mas também é uma ferramenta para se aprofundar em quem é hoje.

Segredos de mim para mim mesma

Todas temos sentimentos, angústias, medos e tantos outros sentimentos que não queremos compartilhar com mais ninguém, queremos deixar como segredos para nós mesmas. Por isso que muitas vezes escrever sobre isso pode ser uma saída para aliviar esse sentimento, confessar algo para você mesma que muitas vezes não queremos falar em voz alta.

Por que compartilhar sua história?

Identificação

Ao compartilhar a sua história você permite que outras mulheres possam se identificar com você, de onde você veio, como você pensa. Por isso é importante que mulheres escrevam, para que mais mulheres possam se identificar nas histórias umas das outras e nos inspirarmos.

Compartilhar histórias é também fazer com que pessoas como você se identifiquem com a história que você tem a contar. Assim nos sentimos menos sozinhas ao ler que outras mulheres tiveram os mesmos medos que nós, que enfrentaram as mesmas barreiras que nós. Por isso que é importante que todas nós possamos compartilhar mais da nossa trajetória.

Diversificar narrativas

Ouvir diferentes histórias de diferentes mulheres nos faz ter mais perspectivas sobre o que é viajar sozinha, por exemplo. Quanto mais escrevermos, mais olhares vamos ter sobre aquele lugar ou estilo de viagem. Dessa forma a gente corre dos estereótipos e conseguimos entender melhor a complexidade das pessoas, dos países, da vida.

Uma mulher que viaja sozinha de hijabi vai ter uma história diferente da mulher que é gorda, por exemplo. A mulher branca pegando carona pela América Latina vai ter uma experiência, uma mulher negra pode ter outra. Quanto mais histórias tivermos contato, mais vozes ouvirmos, mais visões temos sobre os assuntos.

Dica: conhece a Flay Alves? Ela criou a Plataforma CriAtivas, um projeto onde mulheres diversas escrevem histórias para mudar a literatura no Brasil. Oferece desde cursos, workshops, oficinas, mentorias de escrita e também é uma comunidade entre escritoras para compartilharem e se apoiarem a contarem e escreverem suas histórias.

O Perigo da História Única

De acordo com a autora Chimamanda Ngozi Adichie, que escreveu o livro O Perigo da História Única, é importante que compartilhemos nossas histórias. No livro, ela questiona quais são as histórias que conhecemos desde criança e como elas moldaram a nossa percepção de mundo e de pessoas. Não tem como falar sobre o poder de contar a própria história sem falar dela, desse livro e da apresentação TedTalk com o mesmo tema que ela apresentou.

Ou seja, imagine que temos somente uma experiência negativa de alguém que viajou para a Bolívia. É a realidade ou é somente um recorte que temos? E se mais pessoas escrevessem sobre viajar sozinha para a Bolívia, como isso impactaria na nossa visão? Em outras palavras, os países que você viajou e as suas experiências neles também são únicas, compartilhá-las é uma forma de diversificar as narrativas daquele lugar. 

Impacto nas novas gerações

Quando você era pequena, quantas eram as histórias de mulheres viajando o mundo sozinhas você ouviu? Quantos filmes, livros, novelas? Ao não receber essas histórias quando temos essa vontade, o medo vem gritando. Afinal, se não vimos ninguém que tenha feito, logo pensamos quase que no nosso inconsciente, “não deve ser possível, seguro. Não vou fazer.”

E se a gente tivesse crescido ouvindo essas histórias? Além disso, é uma forma de inspirar e mostrar para as novas gerações que além de ser possível, elas também poderão fazer. Compartilhar as suas histórias viajando sozinha é uma forma de contar novas histórias de mulheres que você gostaria de ter lido quando criança.

Ou seja, vamos escrever!

“A história única cria estereótipos, e o problema com os estereótipos não é que sejam mentira, mas que são incompletos. Eles fazem com que uma história se torne a única história.” 

Livro: O Perigo da História Única por Chimamanda Ngozi Adichie

Por fim, nós, do Elas Viajam Sozinhas, acreditamos que escrever sobre a próprio história é um ato de amor. Que compartilhar é um ato coletivo. Se você quiser fazer parte desse movimento e diversificar as narrativas sobre mulheres viajando sozinhas pelo mundo, escreva sobre isso. Seja no seu Instagram, num blog, contando para as pessoas ao seu redor. E se quiser escrever um relato aqui no Elas, estamos aqui de braços abertos!

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